A criação do portal foi motivada pelo aumento do consumo, da bancarização e do crédito no país nos últimos anos. “Com o aumento da renda no país e a maior bancarização, sentimos a necessidade de falar com esse público que pela primeira vez se relaciona com o banco. Identificamos que esse consumidor tem pouco conhecimento de como funcionam os bancos”, afirma Fabio Barbosa, presidente da Febraban.
Segundo a federação, em 2000, o Brasil tinha 48,2 milhões de contas correntes ativas. Em 2008, esse número já havia saltado para 82,6 milhões. A relação crédito para pessoa física sobre o PIB também evoluiu aceleradamente. De 3,07% em 2000, o indicador passou a 15% em janeiro de 2010.
Pelo consumo
No início, o site será mais voltado ao relacionamento do consumidor com crédito. “O crédito bem orientado é benéfico para todos. Quanto mais claro esse relacionamento, melhor para as duas partes [banco e cliente]”, diz Barbosa. O presidente da entidade negou, no entanto, que a iniciativa esteja relacionada ao pico de inadimplência registrado no ano passado.
No portal, a Febraban pretende estimular o consumo consciente. “A educação financeira não é contra o consumo. Muito pelo contrário, ela proporciona um consumo contínuo”, afirma Fábio Moraes, diretor de educação financeira da Febraban.
O executivo reconhece, entretanto, que ainda há muito a melhorar em finanças pessoais no Brasil. “A grande maioria dos brasileiros não se sente endividada se está conseguindo pagar suas dívidas. Sem guardar reservas, qualquer sobressalto acaba levando o consumidor à inadimplência”.
Jogos virtuais
O site da Febraban, além das dicas para não entrar no vermelho e de como aplicar seu dinheiro, vai lançar mão também de jogos interativos para tornar mais interessante o aprendizado. Entre eles, está o Simulador de Sonhos, por meio do qual o internauta poderá calcular em quanto tempo, poupando certa quantia mensal, poderá adquirir um determinado bem.
O portal foi desenvolvido em parceria com o Instituto Data Popular, empresa especializada na pesquisa do comportamento da baixa renda, o Insper (antigo Ibmec-SP) e a Fábrica de Comunicação, que desenvolveu o site e a campanha de comunicação.
Fonte: Época negócios