Achar uma vaga de trabalho e falar com a empresa só pensando naquela chance passou a ser um jeito velho de lidar com o mercado (embora ainda possa funcionar). A internet – e as redes sociais, especialmente – abriram muitas outras possibilidades. Quem procura emprego fica sabendo com mais rapidez das vagas disponíveis, mas também precisa lembrar que está exposto à avaliação das empresas, dos colegas e dos concorrentes, o tempo todo. Para aproveitar as oportunidades e evitar problemas, é preciso saber usar as redes.
Tanto as redes mais abrangentes como as específicas são boas vitrines. Além do currículo, enriqueça o perfil com artigos, interesses e experiências que possam tornar você um profissional mais interessante.
Mas redes servem, fundamentalmente, para manter contato, interagir, e não só para se exibir de forma estática. Participar de discussões e fóruns ajuda a conhecer gente e se atualizar. Lembre que o português e o tom que você usar nos debates dirão muito sobre você.
Redes sociais de cunho mais pessoal, como o Orkut e o Facebook, também funcionam para fazer contatos profissionais (networking). Aí a preocupação é de outro tipo: ninguém precisa nem deve pensar em trabalho o tempo todo, e é normal que o seu perfil reflita outras faces da sua vida — sua rotina, seu humor, seu relacionamento com família e amigos. Mas isso não vai impedir que as empresas bisbilhotem por ali. Se você se preocupa com a imagem no meio profissional, não tem jeito: não vai poder postar fotos provocativas, escrever palavrões, agredir outros usuários e ter comunidades como “odeio trabalhar”. Os recrutadores têm acesso a todas essas redes, e podem procurar informações em qualquer uma delas.
Selma Morandi, diretora executivo do Grupo Foco (empresa de RH que faz recrutamento), diz que o LinkedIn é um canal importante de procura de candidatos. Responder rapidamente a um convite para uma vaga é uma ótima atitude, segundo ela. “Mesmo que a pessoa não esteja interessada naquela vaga especificamente, é muito importante que responda”, afirma. Afinal, você não sabe qual vaga vai aparecer na próxima semana.
Fonte: Revista Época